Agachamento de forma correta : Uma Análise biomecânica do agachamento



Conhecido como um dos maiores construtores de glúteos e coxas, te deixa mais atlético enquanto diminui o risco de lesões em várias modalidades, o agachamento é a mola mestra do treinamento. Adicionar carga para seu agachamento irá melhora-lo em tudo, inclusive a própria qualidade de vida. No entanto, adicionar carga de forma inconsciente, sem uma devida programação, fará com que em um dado momento, suas repetições desacelerem e seu progresso diminua ou estanque. Adicionando mais peso nem sempre é a resposta, mais pensar na progressão das cargas, sempre.

Exitem várias formas de agachamento que são utilizados todos os dias seja pelos praticantes de levantamento peso, pelos atletas de strongman, pelos adeptos do crosstraining, dançarinos, praticantes de musculação etc. enfim, o exercício agachamento esta presente na maioria das modalidades de força acompanhado de suas variações.

O movimento utiliza tornozelos, joelhos e quadris que se estendem para reergue-lo. Se suas costas permanecerem rígidas, ou firmes na postura, a execução será de forma mais eficiente para toda a estrutura, pois a força será bem melhor aplicada para a finalização do movimento. Nossas ferramentas são o mecanismo de produção de tensão contrátil dos músculos e toda sua estrutura, rigidez e firmeza dos ossos que atuam como as alavancas.

Um estudo de 2001, analizou a biomecanica do agachamento em difentes posturas para quantificar parâmetros biomecânicos empregando análises bidimensionais (2-D) e tridimensionais (3-D) enquanto realizava o agachamento com diferentes postura.

Foram avaliados 39 homens, com uma massa média de 91,0 +/-25,2 kg, uma altura média de 174,9 +/- 7,0 cm, uma idade média de 45,7+/-5,2 anos, e uma carga média levantada de 225,4+/-58,0 kg. Todos os assuntos usavam um terno de levantamento de uma peça. Todos os assuntos participaram de um campeonato nacional de força Master, que foi sancionado pelo ADFPA. Para participar da competição de powerlifting Master, todos os levantadores devem ter pelo menos 40 anos de idade. Todos assinaram um formulário de consentimento dando sua aprovação para ser filmado e participar deste estudo.

Braço de momento é a distância entre o eixo articular e o ponto de aplicação da forca(inserção do musculo).

OBJETIVO:

O objetivo deste estudo foi quantificar parâmetros biomecânicos empregando análises bidimensionais (2-D) e tridimensionais (3-D) enquanto realizava o agachamento com diferentes postura.

MÉTODOS:

Duas câmeras de 60 Hz gravaram 39 levantadores durante um campeonato nacional de powerlifting. A largura da posição foi normalizada pela largura do ombro (SW), e três grupos foram definidos:
1) postura curta agachamento (NS), 107 +/- 10% SW;
2) postura média agachamento (MS), 142 +/- 12% SW; E
3) agachamento de postura larga (WS), 169 +/- 12% de SW.

RESULTADOS:

A maioria das diferenças biomecânicas entre os três grupos de postura e entre as análises 2-D e 3-D ocorreram entre o NS e WS. Em comparação com o NS em ângulo de flexão do joelho de 45 graus e 90 graus (KF), os quadris flexionaram 6-11 graus mais e as coxas foram 7-12 graus mais horizontais durante o MS e WS. Em comparação com o NS a 90 graus e KF máximo, as pernas foram 5-9 graus mais verticais e os pés foram superados 6 graus mais durante a WS. Não houve diferenças significativas nas posições do tronco. Os ângulos do quadril e da coxa foram de 3 a 13 graus menos em 2-D em comparação com as análises em 3-D. Foram gerados os músculos nexos do flexor plantar do tornozelo (10-51 Nm), do extensor do joelho (359-573 Nm) e do músculo extensor do quadril (275-577 Nm) para o NS, enquanto que o dorsiflexor do tornozelo (34-284 Nm), o extensor do joelho ( 447-756 Nm), e os momentos musculares extensores do quadril (382-628 Nm) foram gerados para MS e WS. As diferenças significativas nos braços do momento do joelho e do joelho entre as análises 2-D e 3-D foram de 7-9 cm durante o NS, 12-14 cm durante a MS e 16-18 cm durante a WS.

CONCLUSÕES:

Os momentos musculares de flexão plantar do tornozelo foram gerados de tensão durante o NS, os músculos do músculo dorsiflexor do tornozelo foram produzidos durante a MS e WS, e os momentos do joelho e do quadril foram maiores durante a WS em comparação com o NS. Uma análise biomecânica 3-D do agachamento é mais precisa do que uma análise biomecânica 2-D, especialmente durante a WS.

Referencial Bibliografico
Escamilla RF, Fleisig GS, Lowry TM, Barrentine SW, Andrews JR. A
three-dimensional biomechanical analysis of the squat during varying stance widths. Med Sci Sports Exerc. 2001 Jun;33(6):984-98. PubMed PMID: 11404665.
artigo

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