O câncer é uma das causas principais de morbidade e mortandade nos países desenvolvidos.
A musculação pode agir de forma benéfica prevenindo o desenvolvimento de tumores mediante efeitos tais como a melhora de diversos aspectos da função imunológica, a alteração da síntese das prostaglandinas, a manutenção dos níveis hormonais ou a diminuição no tempo de transito digestivo dos alimentos, com um aumento da motilidade gastrintestinal.
No que se refere ao câncer de cólon, o efeito positivo está bem demonstrado e parece reduzir claramente o risco de padecê-lo em 40-50%. Em uma metanálise dos trabalhos sobre a relação entre atividade física e câncer, verificou-se uma associação inversa dose-resposta entre a atividade e o câncer de cólon em 48 estudos que incluíam 40.674 casos de câncer de cólon, sendo especialmente patente o efeito benefico quando se participava de treinos de intensidade pelo menos moderada (Thune e Furber, 2001).
As mudanças hormonais ocasionadas pela atividade nas pessoas da terceira idade podem prevenir o câncer de mama em mulheres. E foi observado que as mulheres pós-menopáusicas que se mantiveram ativas ao longo de suas vidas têm um menor risco de desenvolver câncer de mama que suas equivalentes habitualmente sedentárias. Essa diminuição do risco estaria mais relacionada com a atividade realizada na maturidade, obtendo maiores benefícios com intensidades moderadas. No que se refere ao câncer de próstata, os estudos até agora realizados são inconsistentes e, ainda que se sugeriu que mudanças na síntese de prostaglandinas induzidas pelo exercício poderiam agir sobre o risco de contrair um tumor prostático, o conjunto de evidencias, no momento, não permite apoiar um efeito benéfico da atividade física. Algo similar se pode afirmar no que se refere ao câncer de endométrio, ovário ou testículo.
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