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Dominando o agachamento: um guia completro para uma base forte!
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Dominando o agachamento: um guia completro para uma base forte!
Vários estudos demonstraram que, quando as séries de treinamento de força são realizadas mais próximas da falha muscular, a intensidade da fadiga experimentada durante o treino (fadiga peri-treino) é maior. Isso pode ser observado registrando a perda de velocidade durante as repetições de esforço máximo.
Esse é um ponto central da fisiologia do treinamento de força moderno.
O fato de perder velocidade nas repetições ao se aproximar da falha reflete principalmente um acúmulo de fadiga neuromuscular aguda. Vários mecanismos interagem nesse processo, mas podemos resumir os principais assim:
Há redução da capacidade do sistema nervoso central (SNC) em enviar impulsos máximos aos músculos.
Redução do “drive cortical” para unidades motoras de alta limiar.
Isso leva a menor recrutamento e menor frequência de disparo dos motoneurônios.
Resultado: menos unidades motoras ativas para gerar força — e a velocidade da repetição cai.
Referências: Gandevia (2001), Taylor et al. (2006)
Dentro do músculo, ocorre:
Acúmulo de metabólitos (H⁺, Pi, ADP, lactato).
Disfunção na liberação/recaptura de cálcio no retículo sarcoplasmático.
Redução da sensibilidade do aparato contrátil ao cálcio.
Menor eficiência do ciclo de ponte cruzada actina-miosina.
Tudo isso reduz a capacidade contrátil das fibras ativas, diminuindo a força produzida em cada repetição.
Referências: Allen et al. (2008), Westerblad et al. (2002)
Mesmo que o SNC envie comandos, o sistema muscular começa a responder de forma menos eficiente.
As pontes cruzadas demoram mais para gerar força.
A resultante é queda progressiva na velocidade de movimento.
Receptores sensoriais musculares (como os III e IV aferentes) detectam acúmulo de metabólitos e tensão elevada.
Enviam sinais inibitórios para o SNC → redução da ativação motora como proteção contra dano.
Contribui para a redução na velocidade de execução.
Referências: Amann & Dempsey (2008)
A perda de velocidade ao longo das séries próximas da falha é principalmente causada por interação de fadiga central e periférica, com papel dominante:
✅ Central → Redução de drive neural
✅ Periférica → Acúmulo de metabólitos, falha no acoplamento excitação-contração
✅ Feedback aferente → Inibição reflexa protetora
No mundo dos esportes de força, como o Powerlifting e o Levantamento de Peso Olímpico (LPO), comparar o desempenho de atletas de diferentes pesos corporais é um desafio constante. Afinal, levantar 200 kg sendo um atleta de 60 kg tem um impacto fisiológico diferente de levantar o mesmo peso com 120 kg. É aí que entram os coeficientes de ajuste, que permitem uma comparação mais justa e objetiva entre atletas de diferentes categorias. Entre os mais conhecidos estão o Wilks e o Reshel (usados no Powerlifting), e o Sinclair (usado no LPO).
A força muscular não cresce linearmente com o peso corporal. Ou seja, um atleta com o dobro do peso corporal de outro, normalmente não consegue levantar o dobro de peso. Os coeficientes consideram essas variações fisiológicas e antropométricas, e tentam estabelecer uma relação matemática que permita comparar atletas de categorias distintas, premiar o "melhor levantador" da competição de forma mais justa e avaliar performances ao longo da carreira.
O Wilks Score, criado por Robert Wilks, foi por muitos anos o padrão mundial no Powerlifting (inclusive em federações como IPF, GPC, WPC, etc). Ele calcula um fator baseado no peso corporal do atleta, que ajusta o total levantado (soma de agachamento, supino e levantamento terra).
A fórmula do Wilks utiliza uma equação polinomial com coeficientes específicos para homens e mulheres, baseados em grandes bases de dados de performances passadas.
Exemplo de uso:
Atleta A: 90 kg de peso corporal, total de 700 kg.
Atleta B: 60 kg de peso corporal, total de 600 kg.
Ao aplicar o Wilks, muitas vezes o atleta mais leve pode obter um score superior, mesmo levantando menos peso absoluto.
Com o tempo, a fórmula foi criticada por favorecer certas categorias.
Não acompanhava a evolução dos recordes e o crescimento das federações.
Em 2020, algumas federações passaram a adotar outras fórmulas como o IPF GL (Goodlift) ou DOTS, considerados mais modernos e precisos.
O Reshel é um coeficiente menos conhecido, mas ainda utilizado em algumas organizações e categorias específicas, como em eventos máster. Sua lógica é semelhante à do Wilks, mas com uma fórmula própria de ajuste que, em alguns casos, oferece um equilíbrio melhor para atletas veteranos.
Leva em consideração não só o peso corporal, mas em algumas variações inclui também idade e sexo.
É mais comum em competições veteranas (Master), onde a idade começa a ser um fator limitante significativo para a performance.
Por ser menos difundido que o Wilks e o DOTS, o Reshel não é tão utilizado em campeonatos internacionais.
O Sinclair é o padrão global para o LPO (snatch + clean and jerk). Assim como o Wilks, ele busca neutralizar o impacto do peso corporal, permitindo comparar, por exemplo, um halterofilista da categoria 61 kg com um superpesado de 109 kg+.
A fórmula Sinclair é recalculada periodicamente pela Federação Internacional de Halterofilismo (IWF), com base nos recordes mundiais atualizados. Assim, ela se adapta à evolução do esporte.
Características do Sinclair:
Aplicado sobre o total obtido (Snatch + Clean & Jerk).
Possui uma constante (A) e um fator de correção (b) aplicados à fórmula.
Permite premiar o "best lifter" mesmo entre atletas de categorias bem distintas.
Exemplo:
Atleta 1 (61 kg) levanta 280 kg no total.
Atleta 2 (96 kg) levanta 350 kg.
Pelo Sinclair, pode ser que o atleta mais leve tenha melhor desempenho relativo, mesmo com menor total absoluto.
Os coeficientes Wilks, Reshel e Sinclair são ferramentas matemáticas essenciais para dar justiça e objetividade às competições de força. Cada um tem suas particularidades, vantagens e limitações, mas todos cumprem um papel importante:
Wilks: usado historicamente no powerlifting, especialmente até 2019.
Reshel: ainda aplicado em algumas categorias máster.
Sinclair: padrão do levantamento olímpico.
Entender esses coeficientes é importante não só para atletas, mas também para treinadores, árbitros e o público em geral, pois nos ajudam a enxergar a grandiosidade de performances que, muitas vezes, não são captadas apenas pelo peso absoluto levantado.